O corpo é verbo
Eu acredito no corpo.
Porque é por ele que manifestamos nossas vontades, desejos,
sentimentos e sensações. Ele nos mostra.
Ele nos expõe.
Ele nos evidencia através de gestos, olhares, cruzadas de
pernas e jogadas de cabelo, tudo aquilo que está dentro de nós.
Se perdemos alguém, nossos olhos logo nos denunciam em meio
a lágrimas que rolarão sem cessar.
Com sorrisos largos demonstramos algum momento de plena alegria.
Ao adorná-lo pra
sair imprimimos persona e intenções.
O corpo se torna nosso cartão de
visita.
E se usamos máscaras, certamente a intenção é não sermos descobertos.
Na superação dos obstáculos diários, de um simples levantamento de
peso a resolução de um problema matemático, eis o corpo em seu ação.
E assim concluímos que o corpo é nada
além que é a máquina operacional mais desinteressada, capaz de expor nosso
olhar mais simplista de tudo que nos rodeia, como a sensação dos pingos de
chuva na pele, ou o toque mais sútil daquilo que nos fala por meio de uma
comunicação nem sempre tão direta ou visível.
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